quinta-feira, 9 de agosto de 2012

204 - As investigações mineiras na Região de Cercal – Odemira Continuação 2

Os minérios de ferro e manganés, que ocorrem na Região de Cercal – Odemira, têm características muito vantajosas para aplicação na metalurgia do ferro.
O manganés, que acompanha o ferro, contribui para a eliminação do enxofre contido nos materiais do leito de fusão, evitando a passagem deste elemento nocivo, para o produto final.

Os principais jazigos da Região estavam abrangidos por concessões mineiras outorgadas ao Banco Burnay.
O Decreto-lei, então vigente, só consentia que, por motivos ponderosos, as respectivas minas não estivessem em “lavra activa”.
Acontecia, porém, que, desde 1937, se mantinham com “lavra suspensa”, e nem o seu reconhecimento tinha sido efectuado, para garantir uma exploração racional, baseada em reservas, que tivessem sido determinadas.

Conforme tenho vindo a relatar, o SFM encarregou-se de preencher esta lacuna.

No que respeita ao Plano apresentado em 1945, para reconhecimento do sistema filoniano, que tem a sua principal representação na concessão da Serra da Mina, já referi que, com os recursos existentes na Brigada do Sul, quando esta Brigada passou a ficar a meu cargo, não fora possível realizar parte importante dos trabalhos que tinham sido projectados.

Utópica foi também a “ordem de precedência e simultaneidade dos trabalhos”, que constitui o capítulo II desse Plano.
Nada aconteceu como estava planeado. Os trabalhos sucederam-se, com grande irregularidade, na dependência da operacionalidade dos velhos moto-compressores.

O recurso à Brigada de Sondagens do SFM foi a alternativa para prosseguir o reconhecimento dos principais jazigos da Região.
A Brigada de Sondagens, que, nessa época, estava a cargo do Agente Técnico de Engenharia António Rodrigues Cavaco, demonstrou louvável diligência para resolver problemas que foram surgindo, entre os quais avultava o controlo das trajectórias dos furos.

Relativamente ao sistema filoniano que tem a sua principal expressão na concessão da Serra do Rosalgar, havia Plano de reconhecimento da autoria do Eng.º Costa Almeida e do Agente Técnico de Engenharia Mendes Pereira.

Um extracto, que se classificou de resumo, está publicado, com data de Dezembro de 1947, no Vol. III, Fasc. 1 e 2 de “Estudos, Notas e Trabalhos do Serviço de Fomento Mineiro”.

Este Plano, apesar de superiormente aprovado, enfermou também de graves deficiências.

No resumo publicado, abundam supérfluas divagações, mas omitiu-se capítulo respeitante ao orçamento dos trabalhos projectados.

Da análise da peça desenhada, com o título “Mina da Serra do Rosalgar. Perfil longitudinal e planta dos trabalhos”, na qual estão representados os trabalhos projectados, deduzi que pouca informação adicional resultaria do seu cumprimento.

Impunha-se Plano mais ambicioso, não só porque seria de fácil execução, mas também porque as boas características do minério, nos locais onde foi acessível, o justificavam plenamente.

Tal Plano consistiria, essencialmente, no prolongamento da galeria em direcção, que tem origem na galeria-travessa da Cela, até se atingir o poço interior da sede da galeria 3 e na abertura de recortes, para determinação de possanças e para colheita de amostras representativas do minério, em toda a extensão de 467m da galeria em direcção.

Os autores do Plano inicial declararam, no “resumo” publicado, que os “trabalhos propostos já tinham entrado na fase de execução” e recomendaram que se usassem as bombas a ar comprimido para esgoto de águas que surgissem, se tal fosse necessário!!
O que eu constatei, porém, foi ter sido suspensa o aprofundamento dos poços N:ºs 3 e 4, que constavam desse Plano, quando apareceu água!

Durante o 2.º semestre de 1948 e em 1949, a Secção ocupou-se, já sob a minha orientação, sobretudo do cumprimento do novo Plano.

Mas outra grande surpresa me esperaria!
O poço interior da sede da galeria 3, tinha sido atingido a uma cota 14 m (!) superior à calculada, com base no perfil longitudinal que figura entre páginas 82 e 83 da publicação citada.
O levantamento topográfico desse perfil estava errado, e esse erro teria óbvio reflexo no cômputo das reservas minerais.
Nem sequer houve o cuidado de extrair o perfil, da planta fornecida pelo instituto Geográfico e Cadastral (IGC), para ver se coincidia com o levantado pelo pessoal técnico da Secção!

Já me tinha causado estranheza que tivesse sido necessário recorrer ao IGC, para obter planta topográfica da região, à escala adequada aos estudos previstos, pois se me afigurava normal que qualquer dos 5 (!) funcionários do quadro técnico da Secção tivesse preparação, nessa matéria.

Era tão importante o rigoroso posicionamento no terreno de todos os trabalhos de prospecção mineira, que sempre considerei essencial uma boa preparação, em topografia, de todo o pessoal técnico.
Mas, o que se me apresentou como inevitável para conseguir tal rigor, foi dar lições teóricas e práticas a Engenheiros e Agentes Técnicos de Engenharia, que comigo deviam colaborar, e que demonstravam preparação nula, ou pior do que isso, viciada, nesta matéria.
Na sua maioria, nem de uma piquetagem, que merecesse confiança, se mostravam capazes!

De facto, as minhas preocupações quanto à formação profissional do pessoal, a todos os níveis, não se limitaram à topografia.
Afigurava-se-me, importante e perfeitamente ao alcance desse pessoal, encarregar-se de todas as tarefas necessárias às investigações conducentes aos objectivos do SFM.

Era até minha prática corrente fazer colaborar alunos da cadeira de Prospecção Mineira, que eu regia na Faculdade de Ciências do Porto, desde 1970, nos trabalhos de campo do SFM.
A colaboração estendeu-se à Faculdade de Engenharia do Porto e ao Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro (Ver posts N.ºs 141 e 142).

Estas minhas preocupações nem sequer eram originais.
Já o primeiro Director do SFM, o Engenheiro António Bernardo Ferreira, reconhecendo a deficiente preparação dos técnicos dos Serviços sediados em Lisboa, para o desempenho das funções que lhes estavam atribuídas, aconselhava que o SFM viesse a ser a Escola pós-graduação, pela qual teriam passagem obrigatória os candidatos a ingressar naqueles Serviços de Lisboa. (Ver post N.º 1)

O tema é de tal importância que são constantes as minhas alusões, nestas “Vivências Mineiras”.

Todavia, os dirigentes que sucederam a Bernardo Ferreira e a Castro e Solla, nos respectivos cargos, ignoraram completamente o seu louvável propósito de prestigiar a DGGM, através da melhoria da qualidade das suas decisões.
No post N.º 24, não pude deixar de exprimir a minha estupefacção por duas infelizes manifestações de desprezo pela eficácia do SFM, expressas pelo seu Director Guimarães dos Santos e por Soares Carneiro, quando foi Director-Geral.

Guimarães dos Santos não considerava prejudicial, à eficácia ao SFM, que os técnicos mais competentes rescindissem os seus contratos, em consequência de medidas irreflectidas que decidira tomar.
Disse-me, quando procurei esclarecê-lo sobre os inevitáveis malefícios que tais medidas provocariam: “Vão-se uns; Vêm outros!”
Muito prudentemente, porém, o Director-Geral, que era, então, Castro e Solla fez revogar tão infeliz decisão.

Soares Carneiro, quando eu manifestava o meu desalento, por ver abandonar o SFM pessoal localmente recrutado, que eu tinha feito especializar em diversas técnicas de prospecção, apenas por não lhe ser concedido insignificante aumento de salário que eu tinha proposto, disse-me, com a máxima desconsideração pelo meu passado profissional no SFM, de cujos êxitos até se tinha aproveitado para sua promoção pessoal (Ver post N.º 24), que se eu também quisesse abandonar o SFM, a porta estava aberta.
Uma vez mais, ousava ostentar o seu poder discricionário, como se fosse dono do SFM!

Atitudes de deslealdade, como estas conduziriam, em País onde a Justiça fosse uma prática corrente, à condenação, por perjúrio, dos funcionários que, na sua tomada de posse, haviam jurado cumprir com lealdade as funções que lhes eram confiadas.

A actividade do SFM, na Região de Cercal –Odemira, para investigação das existências de minérios de ferro e manganés, teve a sua maior expressão, no período decorrido de 1-1-1949 até 31-8-1956, data em que teve que ser terminada, em cumprimento de instruções superiores.

Muitos estudos do período anterior tiveram que ser completados e corrigidos dos erros com que tinham sido descritos, sobretudo no âmbito da geologia.
Muitos trabalhos, não tinham sido representados em peças desenhadas, nas quais se evidenciassem os elementos essenciais ao conhecimento dos jazigos (faixas de óxidos de ferro e manganés, barita, quartzo, pórfiro encaixante ou intercalante, e respectivas possanças e inclinações, locais de amostragem e análises de Fe, Mn e SiO2).

Perante as deficiências que detectei, nas actividades em curso na Brigada do Sul do SFM, quando assumi a sua chefia, ocorriam-me reflexões sobre o progresso que teriam introduzido, na indústria mineira de Moçambique, os técnicos que tinham prestado serviço nesta Brigada e foram destacados para aquela ex-província ultramarina portuguesa, na suposição de serem especialistas em investigações mineiras.

Pelo que me constou, afinal até teriam aprendido algo, com os que já lá se encontravam.

Um deles, o Agente Técnico de Engenharia Adalberto de Carvalho, que após a Revolução de 1974, facilmente conseguiu licenciatura em Engenharia de Minas, reapareceu na Metrópole, como especialista em jazigos de ouro, porque tinha aprendido a usar a bateia!
E até fez artigos, sobre o seu uso, que foram publicados, na Revista do SFM.
Deveras elucidativo é o artigo que cito no post N.º 70, suscitado pela preocupação, manifestada por entidade privada, de virem a ser inundados pelas águas de albufeira que resultaria da construção de barragem de Fratel, projectada, no Rio Tejo, valiosos jazigos de ouro, a cuja exploração se candidatara, através da apresentação de vários manifestos na Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão

Mas afinal o seu conhecimento, quanto ao uso da bateia, restringia-se à procura de ouro.
As virtualidades da mineralometria estavam para além da sua sabedoria.

Aproveito o ensejo para registar que, logo no início das minhas funções na Brigada do Sul, enviei a todas as Secções, normas de estudo, insistindo no método de Thiébaut, baseado na investigação cuidada dos materiais que confluem nas linhas de água.
Exemplo do sucesso deste método foi a descoberta do jazigo do Torgal.

Quando, alguns anos mais tarde, em 1965, fui nomeado para representar a Metrópole nas Jornadas de Engenharia, que iriam decorrer em Moçambique (Ver post N.º 126), grande foi a minha surpresa, ao ouvir o Engenheiro Jorge Augusto da Cunha Gouveia, técnico dos mais categorizados dos Serviços de Geologia e Minas, declarar-se descrente das potencialidades minerais de um território 9 vezes maior que Portugal. o que é contrário a todas as estatísticas.

Eu tinha conhecimento, por ter prestado colaboração ao Ministério do Ultramar, de riquezas desta ex-província ultramarina que não estavam aproveitadas.
A título de curiosidade, registo que esta colaboração que dedicadamente prestei desde Julho de 1964 até Agosto de 1965 foi mais uma das minhas actividades oficiais não remuneradas, neste caso, em ostensivo incumprimento do que me fora oralmente prometido (gratificação de 5 200$00 mensais) por Soares Carneiro, na presença do membro do Governo Eng.º Amaro da Costa, pai do malogrado Adelino Amaro da Costa.

Lembro-me de projecto da “Strategic-Udi Processes, Inc (SUPI)” que, na minha qualidade de colaborador, me chegou à mão para informar, relativo à instalação de uma indústria siderúrgica na província de Tete, aproveitando as magnetites titaníferas de Machedua, e o carvão de Moatize, para o fabrico de ferro ou aço, como produtos principais, e óxidos de titânio e vanádio, como sub-produtos que, em certos casos, poderiam ser mais valiosos do que o ferro.

Lembro também as minas de ouro na fronteira com a antiga Rodésia, que eram pouco importantes, enquanto as da Rodésia, no mesmo ambiente geológico, se encontravam em grande actividade

O carvão de Moatize, o gás natural, as pedras preciosas e semi-preciosas, as tantalites e columbites (coltan), actualmente tão procuradas para utilização no fabrico de telemóveis, eram outras riquezas insuficientemente reconhecidas, que teriam justificado estudos para investigação do seu real mérito.

Mas a realidade era que a prospecção do território estava praticamente por fazer, apesar das louváveis tentativas de Rogério Cavaca, quando, em 1948, (Ver post n.º 5) fez deslocar da Metrópole, vários técnicos, supostamente preparados para esse fim.

Foi, por isso, que a comunicação que apresentei sobre resultados positivos da aplicação de métodos geofísicos e geoquímicos à prospecção mineira na Metrópole (Casos de Portel e Barrancos, referidos nos posts n.ºs 20, 21 e 44) despertou grande interesse nos Serviços de Geologia e Minas de Moçambique (Ver post n.º 44).

Gouveia mostrou, então, interesse em aproveitar a experiência do SFM nesses métodos, para fazer estagiar, na 1.ª Brigada de Prospecção, alguns técnicos dos Serviços Ultramarinos e criar posteriormente em Moçambique um departamento com idênticas atribuições para fomentar o desenvolvimento da indústria mineira da Província.

Veio à Metrópole tomar contacto directo com as campanhas de prospecção que se encontravam em curso, sobretudo no Sul do País e, na sequência do que observou, vieram alguns técnicos fazer estágios para aprendizagem das técnicas estavam a ser aplicadas.

Para a maior produtividade e qualidade dos estudos na Região de Cercal - Odemira, contribuiu, não só o bom equipamento fornecido à Secção, o qual tinha sido recebido ao abrigo do Plano Marshall, mas também a melhor organização imprimida aos estudos.

Durante a maior parte desse período, a Secção esteve localmente confiada aos Agentes Técnicos de Engenharia Cristino Fernandes e Manuel Pina, que se revelaram bons colaboradores, demonstrando brio profissional no desempenho das suas funções.

Porém, na parte final, viu-se privada da sua participação, por ambos esses funcionários terem sido destacados para outros Organismos.
A Secção ficou, então, durante alguns meses, sob minha directa orientação.

Para a chefia, que ficara vaga, foi nomeado Orlando Barros Gaspar, técnico recém-formado no Instituto dos Pupilos do Exército, que tinha ingressado, em fins de Maio de 1954, na Brigada do Sul.
Sem experiência em prospecção mineira, mais uma vez tive de exercer funções de professor encarregando-me, durante prolongadas presenças locais, de o preparar para o cabal desempenho da sua missão.
Tive, porém, a satisfação de encontrar pessoa muito interessada, que rapidamente adquiriu competência para a execução prática das diversas técnicas com aplicabilidade na área.
Orlando Gaspar mostrou-se tão reconhecido, que até manifestou desejo de continuar a colaborar comigo, quando se verificou alteração da Orgânica do SFM.
Tal desejo, além de não ter sido satisfeito, apesar de só beneficiar o SFM, foi mal interpretado pelo novo Director do SFM, que passou a tratá-lo como “persona non grata”.
Orlando Gaspar, acabou por decidir libertar-se do mau ambiente que lhe estava a ser criado, e rescindiu o seu contrato com o SFM. (Ver post N.º 28)
Encontrou, porém, bom acolhimento noutros Organismos, que souberam aproveitar a competência técnica que tinha adquirido, sob minha orientação, facto ao qual alude, com frequência, o que eu aqui registo, com agrado.

Tal atitude de Orlando de Barros Gaspar esteve em total contraste com a que assumiram outros funcionários de nível académico superior ou médio, que muito tinham beneficiado das constantes lições que lhes fui ministrando, ao longo de anos, não apenas no domínio técnico, mas também no respeito por princípios éticos de honestidade e lealdade. (Ver posts N.ºa 81 a 91),

Durante os 14 anos em que decorreram os estudos na Região de Cercal Odemira, foram, efectuados trabalhos, de maior ou menor importância, nas 129 minas de ferro e manganés, que tinham sido registadas, e nos locais onde o levantamento geológico conduziu à descoberta de outras ocorrências de mineralizações
A maior intensidade verificou-se ao período de 1948 a 1956.
No que respeita a Trabalhos Mineiros, o que se realizou, foi o seguinte:
a) desobstrução, limpeza e entivação de grande número de trabalhos antigos
b) cerca de 1200 sanjas
c) 3820 m de galerias
d) 127 poços verticais ou inclinados com o comprimento global de 1150 m
e) chaminés com um comprimento total de 170 m
Cerca de 65% destes trabalhos foram efectuados no período de 1948 a 1956

Deste 2.º período, além dos trabalhos na Mina do Rosalgar, na sequência de projecto anterior, há a destacar projecto para investigação do jazigo da Serra da Velha, que foi apresentado para apreciação superior, dele constando orçamento, baseado em dados estatísticos, adrede registados, o qual foi cumprido dentro das previsões, até com ligeiro saldo.

Além dos Trabalhos Mineiros, foi também efectuado o levantamento litológico de uma área de 399 km2, sobre base topográfica à escala de 1:5000 e o levantamento electromagnético de uma área de 4 km2.

A Brigada de Sondagens efectuou 7 furos com um comprimento total de 880 m.

Nas mais importantes minas foram evidenciadas as seguintes reservas:
Serra da Mina - Reservas certas - 1 250 000 toneladas, com 44% Fe; 9% Mn; 10% SiO2
Toca do Mocho - Reservas prováveis - 280 000 toneladas
Serra do Rosalgar – Reservas certas 2 200 000 toneladas com 41% Fe; 8% Mn;16% SiO2
Reservas prováveis - 1 200 000 toneladas
Serra da Velha - Reservas certas de 1 200 000 toneladas, com 47% Fe; 6% Mn; 15% SiO2
Serra Comprida - Reservas prováveis de 600 000 toneladas

As despesas, com estes trabalhos, foram:
De 10-12-1942 até 31-12-1948 …… 1 849 285$40
De 01-01-1949 até 31-08-1956 …… 3 435 225$20

As despesas com vencimentos, ajudas de custo e subsídios de marcha do pessoal técnico foram.
De 10-12-1942 até 31-12-1948 …..1 041 522$60
De 01-01-1949 até 31-08-1956….. 721 375$20

No 1.º período, em que não havia estatística organizada, as despesas dizem respeito a cerca de 30 locais de ocorrências de minério, com maior incidência no grupo da Serra da Mina.
No 2.º período, as despesas resultam de estudos em toda a Região e estão pormenorizadamente discriminadas, em mapas de avanços e despesas, que se incluem no relatório final.

Não posso deixar de registar que esta intensa fase de “Trabalhos Mineiros”, na Região de Cercal - Odemira passou completamente despercebida a José Goinhas, na sua versão da história da prospecção mineira em Portugal, com a qual pretendia contribuir, “pedagogicamente”, para um novo Plano Mineiro Nacional, que evitasse a repetição dos erros responsáveis pela crise que se considerava estar a atravessar a nossa indústria mineira.

Continua …