segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

209 C - Carta aberta a Ministro da Economia.

Assunto: Possível gigantesco jazigo mineral, na região de Montemor-o Novo

Após a Revolução de Abril de 1974, muitos foram os meus apelos, aos sucessivos Governos, com o objectivo de travar os atentados à economia do País, que estavam a ser cometidos pelo Organismo do Estado, ao qual competia zelar pelo bom aproveitamento dos nossos recursos minerais.

Quanto ao objectivo pretendido, os resultados foram nulos
Porém, em compensação, demonstrou-se, uma vez mais, que, neste País, “o crime compensa”.

De facto, fui alvo de processo disciplinar, promovido por indivíduo ignorante e malévolo, que conseguira ascender a cargo directivo.
Só não fui demitido da função pública, devido a amnistia decretada, em agradecimento ao Papa pela sua vinda a Portugal.
Já aposentado, não me resignei a assistir passivamente aos crimes que continuavam a ser cometidos, em plena impunidade.

Decidi, por isso, em 2008, iniciar o blog “Vivências Mineiras”, para relatar factos ocorridos, durante os 47 anos da minha actividade profissional, ao serviço da Nação.

Permito-me sugerir a V. Ex.ª que convide um dos seus assessores, ou um docente da Universidade do Minho, que tenha formação em temas geológico - mineiros, a ler o post n.º 201, publicado em 15 de Junho de 2012.

Ocorre-me, a este respeito, informar que, em 1991, já aposentado, regi, na Universidade do Minho, disciplina de Prospecção Mineira do Curso de Mestrado em Ensino de Biologia e Geologia. acedendo a convite, feito pelas Professoras Doutoras Graciete Tavares Dias e Maria Amália Sequeira.

O Curso constou, não só de aulas teóricas e práticas, no gabinete, mas também de aulas práticas no campo.
Todos os 14 licenciados, que nele se inscreveram, deram excelentes provas, sendo possível que alguns exerçam, actualmente, funções docentes na Universidade do Minho.

É, também, possível que outros meus ex-alunos na Faculdade de Ciências do Porto, exerçam agora funções docentes nessa Universidade.

A apreciação do que consta do post 201 ser-lhe-á, assim, muito facilitada.

O Secretario de Estado Nuno Ribeiro da Silva, emitira despacho no sentido de o seu gabinete dar prosseguimento adequado às questões que eu enunciara.
Todavia, deixou a função pública e nada mais aconteceu.

Surpreende-me que se mantenha sem explicação tão extraordinária anomalia gravimétrica.
O interesse nacional impõe que se dê seguimento ao assunto.

sábado, 20 de janeiro de 2018

240 – O incêndio nas Minas de carvão do Pejão


No dia 12 do corrente mês, grande foi a minha estupefacção ao ler, no Jornal de Notícias, que a antiga Mina de carvão do Pejão ardia, há 3 meses, tanto no seu interior , como nas entulheiras.

Esta Mina fora encerrada, nas anormais circunstâncias descritas na parte final do post N-º 52, sem que o concessionário tenha cumprido as disposições de segurança e protecção ambiental impostas pelas leis vigentes.

A fiscalização das actividades dos concessionários, que competia á Direcção-Geral de Minas foi ineficaz, neste, como noutros casos, conforme tenho revelado repetidamente.

Mas o Estado Português havia celebrado contrato com uma Empresa denominada EDM (Empresa de Desenvolvimento Mineiro), com vista à protecção ambiental das áreas degradadas de antigas minas, utilizando verbas de fundos europeus que, para esse efeito, lhe tinham sido disponibilizadas.

É caso para perguntar o que terá feito a EDM, na área das Minas do Pejão, para protecção do ambiente, com os dinheiros recebidos para esse fim.

Até como agência funerária ( Ver post N.º 216 ) demonstrou incompetência!

Erro idêntico, que cometera na zona das Minas de Covas (Região de Vila Nova de Cerveira – Caminha – Ponte de Lima), provocou tal indignação à população de Vilar de Mouros, que exigiu a responsabilização de quem dirigia a EDM.

É que a EDM, que resultara da nacionalização da Sociedade Mineira de Santiago, após a Revolução de Abril de 1974, não efectuava os trabalhos que lhe competiam!

Contratava outras empresas e não tinha capacidade para verificar se elas cumpriam o que se pretendia.

Fico, portanto deveras estupefacto por agora se chamar de novo a EDM a cumprir o que não fez, na devida oportunidade, em vez de se exigir a severa punição dos seus dirigentes, por mais este atentado ambiental.

Em posts anteriores, expliquei, pormenorizadamente, que se chegou a tal situação, por criminosa extinção do Serviço de Fomento Mineiro, - organismo de criação de riqueza, essencial ao País - ,que chegara a ter prestígio, a nível internacional, sendo citado como exemplo a seguir por outros países.