sábado, 2 de junho de 2012

198 - Um novo Plano Mineiro Nacional. Continuação 22

No seu sentido lato, a prospecção mineira inclui todos os estudos tendentes à definição de reservas de minérios susceptíveis de exploração remuneradora.
Conforme registei, em posts anteriores, embora não seja evidente o conceito que José Goinhas adoptou, no documento intitulado “A prospecção mineira em Portugal”, que tenho vindo a analisar, deduzi, das suas referências, no texto e na bibliografia, que o sentido lato estaria na sua intenção.

O SFM, nos seus primórdios, executou, sobretudo, simples trabalhos mineiros (sanjas; desobstrução de antigas galerias e de antigos poços e seu eventual prolongamento; novas galerias e poços de pequena extensão), para definir reservas.
Nessa fase, publicou relatórios, dando conta, não apenas dos trabalhos, mas também do pessoal técnico e auxiliar, que neles participou e dos diplomas legais directa ou indirectamente relacionados com a sua actividade.

Foram publicados, até 1951, os seguintes relatórios:
1 – Em 1942 – Relatório respeitante aos anos de 1939 a 1941).
2 – Em 1943 - Alguns jazigos do Alentejo (Ferro).
3 – Em 1943 Jazigo de Montemor-o-Novo (Ferro).
4 – Em 1943 - Quadros de estratigrafia portuguesa metropolitana.
5 – Em 1945 - Estudo preliminar de castinas e da localização das oficinas de siderurgia.
6 - Em 1945 – Relatório respeitante aos anos de 1942 e 1943).
7 – Em 1946 - Jazigos de manganés do Alentejo (Mina do Ferragudo e Felipeja)
8 – Em 1946 - Jazigos de manganés do Alentejo (Mina da Serra dos Feitais).
9 – Em 1946 - Jazigos de manganés do Alentejo (Mina de Lagoas do Paço).
10 - Em 1946 - Jazigos de manganés do Alentejo (Mina de Vale do Calvo).
11 – Em 1946 - Jazigo de ferro de Odivelas.
12 – Em 1946 - Jazigos de ferro e manganés do Alentejo (Estudo das minas da Serra da Mina, Toca do Mocho, Serra do Lagar da Bela Vista e Cerro do Pinheiro da Bela Vista).
13 Em 1946 – Jazigos de ferro e manganés de Odemira e Cercal (Mina da Serra das Tulhas).
14 – Em 1948 - Rochas e minérios da região de Bragança – Vinhais).
15 – Em 1949 - Minas de ferro de Montemor – o Novo.
16 – Em 1948 - Catálogo das minas de ferro do continente. Tomo I.
17 – Em 1951 - Região Carbonífera do Moinho da Ordem – Estudo da sondagem entre Vale da Figueira e a Cova dos Sobreiros.
18 – Em 1951 Relatório respeitante aos anos de 1944-46).

A qualidade destas publicações reflectia, na generalidade, a inexperiência dos seus autores, em trabalho de campo.

Alguns professores universitários, que nem sequer estavam isentos de responsabilidades na preparação dos profissionais envolvidos, consideraram graves algumas deficiências dessas publicações e teceram críticas mordazes.
Mas o Engenheiro António Bernardo Ferreira, não se deixando intimidar, teve a ideia de convidar, com confortável remuneração, um desses críticos, o Professor João Manuel Cotelo Neiva, para prestar colaboração ao SFM, e, deste modo, melhorar a qualidade do que se publicava.

Uma das primeiras atitudes deste Colaborador, foi propor a criação da Revista, que iria surgir periodicamente, à qual foi dado o nome de “Estudos, Notas e Trabalhos do Serviço de Fomento Mineiro”.
Nesta Revista, passaram a constar, não só artigos variados, mas também os relatórios da actividade do SFM.
Um dos maiores méritos da Revista foi a estabelecimento de intercâmbio com entidades de diversos países, assim permitindo constituir valiosíssima biblioteca.
Dela fui sempre bom cliente e tive a sorte de não haver muitos interessados na consulta das publicações, que inseriam artigos sobre prospecção mineira; podendo retê-las em meu poder e assim melhorar a minha preparação técnica.

Se Cotelo Neiva teve capacidade para evitar que surgissem publicados os erros mais grosseiros, tais como, ocorrência de enxofre em Miranda do Douro (com base em matéria que alguém descuidadamente por lá abandonara) (ver mapa que acompanha o 1.º Relatório), ou se classificassem dendrites como fósseis (ver Quadros de estratigrafia citados no N.º 4), não impediu que, em matéria de geologia, a maioria dos 18 relatórios, que acima citei, contivesse informação de reduzido interesse ou mesmo errada.
Não impediu também que, na sua maior parte, as descrições dos trabalhos mineiros pouco ou nada acrescentassem ao que já constava dos arquivos da DGMSG.

Cotelo Neiva, aproveitando-se do ascendente que conquistara sobre a maioria do pessoal técnico radicado na zona Norte do SFM (no reino dos cegos, quem tem um olho é rei!), teve até a habilidade de progressivamente, inverter a condição de Colaborador, para que tinha sido convidado.
Grande parte do pessoal técnico do Norte passou a colaborar em estudos em que Cotelo Neiva estava empenhado, mais para alimentar a sua vaidade de produzir continuamente artigos para publicação, do que para atingir o verdadeiro objectivo do SFM, isto é, o inventário dos recursos minerais do Pais.
Lembrou-me a classificação do autor do blogue “A Beira Lethes”, no seu post de 16 de Maio passado, com o título “Os basbaques, os oportunistas e os vaidosos”
Cotelo Neiva já não precisava de demonstrar a sua competência.

Nessa época, ele já era considerado uma autoridade indiscutível.

A publicação N.º 14 – ”Rochas e Minérios da Região de Bragança – Vinhais”, com data de 1948, é um exemplo demonstrativo desta aberrante situação.
Nela estão retratados, em várias estampas, o Engenheiro Soares Carneiro, que viria a ser nomeado Director-Geral, o Engenheiro António Neto e o Agente Técnico de Engenharia, Manuel Fernandes de Pina, ora exibindo o martelo de Geólogo, ora mostrando ou observando afloramentos, no papel de Colectores, que aceitaram desempenhar, quando tanto havia a fazer em matéria de prospecção.

Esta publicação refere-se ao estudo de uma área de cerca de 342 km2 da Região de Bragança - Vinhais.
Nela, Cotelo Neiva menciona grande variedade de rochas eruptivas, desde ácidas a ultra-básicas, algumas com designações, que ele decidiu atribuir (bragançaito, abessedito), rochas sedimentares e metamórficas e numerosas ocorrências de minerais úteis (cromite, magnetite, sulfuretos de ferro e cobre, silicatos niquelíferos e cobaltíferos, óxidos de manganés, asbesto, talco etc.) que impropriamente denomina de jazigos.
Não se nota a preocupação de tornar o texto de leitura fácil e acessível.
Não quis seguir o sábio conselho condensado no acrónimo “Kiss” (keep it small, simple!), preferiu adoptar o acrónimo “Mill” (Make it long, litter!).
De salientar a descoberta de platina, de que apresenta microfotografias.

Refere, em apoio desta sensacional descoberta - que já tinha revelado em dois artigos publicados na Revista do SFM - teores de 2 a 12 gr/T, com média de 6 gr/T, em 10 amostras, que seleccionara e enviara para análise, no Laboratório Químico-Metalúrgico da Fábrica de Munições e Artilharia, Armamento e Viaturas (Braço de Prata) do Ministério da Guerra.
Nas 251 páginas desta publicação, não se encontra orientação alguma, sobre os trabalhos que deveriam seguir-se, para investigar se as ocorrências de minerais úteis, que disse ter detectado, atingiriam dimensões e teores, susceptíveis de exploração económica.

Tão pormenorizadas descrições dos diversos tipos de rochas, pouca ou nenhuma utilidade tiveram para o SFM.
Nem sequer é chamada a atenção para a possível utilidade de algumas delas (serpentinas, por exemplo) para a produção de pedras ornamentais.
Do ponto de vista estrutural, o que consta também nada ajuda e essa seria matéria fundamental para a prospecção.

O Professor não tinha, de facto, preparação em prospecção mineira.
Em conversa informal, numa das minhas ocasionais presenças no Norte, quando eu ainda exercia a minha actividade apenas no Sul do País, permitiu-se até censurar-me, por perder tempo com observações por técnicas geofísicas, aconselhando-me, professoralmente - em atitude que lhe seria usual no Norte - a fazer as minhas investigações por métodos directos, isto é, por sanjas, galerias, poços.
Duvidava da eficácia das técnicas geofísicas e, por isso, tal matéria não constava do Curso de Geologia da Faculdade de Ciências de Coimbra, de que era responsável.

Como tenho acentuado em vários posts, as minhas maiores dificuldades na prospecção mineira, foram sempre no domínio da Geologia.
A colaboração que recebi de Cotelo Neiva, neste âmbito, foi de pouco interesse, praticamente inútil e, nalguns casos, até errada.

É grave aceitarem-se, como fidedignos, sem cuidadosa análise, todos os estudos das sumidades nacionais.

Não tenho as melhores recordações da colaboração de que Cotelo Neiva foi encarregado, relativamente ao estudo de amostras do Sul do País, oportunamente enviadas à Direcção do SFM para exame por entidade competente.

De facto, as suas incorrecções começaram a manifestar-se, quando a 1ª Brigada de Levantamentos Litológicos procedia à Implantação dos afloramentos de rochas vulcânicas, na Faixa Piritosa Sul – Alentejana, em mapas à escala de 1:50 000, como preparação para os levantamentos electromagnéticos que se seguiriam

Denominou, então, como “cloritoxistos com porfiroblastos de calcite” o que, de facto, eram espilitos, isto é, rochas vulcânicas, com a sua estreita correlação com a ocorrência dos jazigos de pirite. (Ver post N.º 8).

Foi aos Geólogos holandeses Mc Gillavry, Van den Boogard e ao Geólogo alemão Gunter Strauss (Ver post N.º179) que se ficou a dever a primeira interpretação séria da estrutura da Faixa Piritosa, classificando devidamente as rochas vulcânicas ocorrentes, entre as quais os espilitos.

Anos mais tarde, o Colaborador viria a classificar como ferrocalcite amostras de dolomites, que eu enviara para estudo, nos Laboratórios da Direcção do SFM.
Foi esta designação que adoptei no relatório “Formações zincíferas da Serra da Preguiça”, que foi publicado na Revista do SFM e originou a vinda da “Compagnie Royale Asturienne des Mines” para dar continuidade aos estudos do SFM, segundo programa por mim delineado (Ver post N.º 3).

Esta Companhia, com a sua experiência em exploração de jazigos de zinco, logo corrigiu a designação, sem necessidade de proceder a estudos laboratoriais.

Mas foi relativamente à Região de Cercal – Odemira, que se registou o procedimento mais estranho do Professor.

Apesar dos antecedentes que mencionei, resolvi aceitar a sugestão do meu colega Fernando Silva, de solicitar a colaboração de Cotelo Neiva, para me auxiliar a interpretar algumas situações geológicas ocorrentes na Região de Cercal – Odemira, que não estavam em conformidade com as teorias então em vigor.

Uma dessas situações verificava-se no Cerro dos Cunqueiros, na Herdade do Castelo (Ver post N.º 17).
Rochas porfíricas, com conspícuos fenocristais, que lá descobri, assentavam em concordância com rochas sedimentares, contrariando a ideia geralmente aceite de que essas rochas, consideradas intrusivas, atravessariam, discordantemente, as rochas sedimentares.
Mostrei-lhe diversas outras situações e fui expondo as minhas ideias sobre os recursos minerais já evidenciados com os numerosos trabalhos de pesquisa e reconhecimento efectuados pelo SFM, durante 14 anos, as quais iriam constar de Relatório que tinha em fase de acabamento.
Proporcionei, ainda, uma segunda visita, após a qual o Professor se comprometeu a fazer o estudo laboratorial de um conjunto de amostras das rochas e dos minérios ocorrentes nas diversas minas da Região e nas áreas envolventes, as quais eu deveria enviar à Direcção do SFM no Porto.

Em conformidade com o que ficou combinado, enviei 160 amostras, em 1953, que foram juntar-se a 12 que tinham sido remetidas em anos anteriores.
Recebi descrições subscritas pelo Professor Cotelo Neiva e pelo Eng.º Limpo de Faria, respeitantes apenas a 6 destas amostras. Estranhei que, na sua maior parte, se aludisse a um estado de alteração, que não se me afigurava real, mas que era apresentado como justificativo de difícil e imperfeito exame.

Tornara-se evidente, a inexperiência do Colaborador, no exame de rochas vulcânicas.

No Relatório, em 4 volumes, que apresentei em 1957, sobre as investigações efectuadas principalmente sob minha responsabilidade, na Região de Cercal – Odemira (Ver post N.º 16), inseri, como Apêndice, a relação de todas as amostras enviadas e o resumo dos estudos que foram efectuados sobre 6 delas.
Estou convicto de que das 172 amostras enviadas, 166 não foram objecto de qualquer exame.

Mas Cotelo Neiva não precisou disso para apresentar à III Assembleia Geral do “Instituto del Hierro y del Acero”, realizada em Madrid, em 1955, comunicação intitulada “Minerais ferro – manganesiens du Portugal” e conseguir a sua publicação, no Volume X de “Estudos, Notas e Trabalhos do Serviço de Fomento Mineiro”.

As duas visitas que lhe proporcionei à Região foram suficientes para descrever os jazigos de ferro e manganés, para apresentar as reservas certas e prováveis do seu conjunto, e para pôr em destaque as potencialidades para sulfuretos de cobre, chumbo e zinco.

Grande foi a minha estupefacção quando deparei com este artigo, no mesmo volume da Revista que contém o relatório “Prospecção de pirites no Baixo Alentejo”, subscrito por mim e pelo Engenheiro Fernando José da Silva.

Não sei que é mais surpreendente: se a ousadia de Cotelo Neiva em publicar artigo sobre matéria respeitante a Região que apenas visitara duas vezes, durante as quais lhe transmiti, oralmente, as conclusões dos meus estudos, que iriam constar do desenvolvido Relatório que tinha já em fase final de elaboração; se a anuência ou convite do Director do SFM, Guimarães dos Santos, desrespeitando ostensivamente os bons princípios de ética profissional.

A referência inicial aos estudos sob minha direcção, sem qualquer alusão aos dados que, oralmente, lhe transmiti, não constituía autorização para os publicar, antes de publicado o meu relatório, que sabia estar em fase de acabamento.

Contrastando com essa atitude, eu tinha convidado Fernando Silva, que nem uma única palavra escrevera no relatório “Prospecção de pirites no Baixo Alentejo” a subscrevê-lo como co-autor, porque tinha sido ele quem dirigira os levantamentos litológicos, que serviram de base às campanhas de prospecção electromagnética.

Quem, actualmente, quiser saber algo sobre os jazigos ferro – manganíferos de Cercal – Odemira, encontrará publicado este artigo de Cotelo Neiva e outra informação copiada do meu relatório de 1957, subscrita por Delfim de Carvalho, no Livro – Guia de Excursão que se realizou, em 1970-71, no âmbito do CHILAGE (Ver post N.º 15)

O meu relatório, não foi deliberadamente, publicado, conforme já referi (Ver posts N.ºs 16 e 17), com o argumento de que seria muito dispendiosa tal publicação, sendo certo que seria em relatórios desta natureza, que o SFM deveria prestar contas ao País da sua actividade.

Aliás, a publicação N.º 15, com data de 1949, sobre as Minas de ferro de Montemor-o-Novo é de grande extensão, embora pouco acrescente ao que já constava do arquivo da DGMSG. Também a publicação N.º 14 sobre a Região de Bragança – Vinhais, embora de escasso interesse mineiro, é um extenso documento.

Não posso deixar sem reparo o facto de Cotelo Neiva considerar que os jazigos de ferro e manganés de Cercal – Odemira possam evoluir, em profundidade, para jazigos de sulfuretos e não se ter lembrado de igual hipótese para o jazigo de Guadramil, no distrito de Bragança, cujo estudo acompanhou.

Mas não ficaram por aqui os estranhos procedimentos de um Colaborador contratado para prestar auxílio em matérias da sua especialidade.
Vou citar outro caso, que deveras me surpreendeu.

Na Mina de cobre de Aparis, do concelho de Barrancos, já se havia chegado a uma fase suficientemente avançada, para se justificar a instalação de uma lavaria, destinada a produzir concentrados com teores que permitissem a sua comercialização e, deste modo, compensar despesas com os desenvolvidos trabalhos de pesquisa e reconhecimento que, decorriam há alguns anos.

O minério era de grande simplicidade, mas era essencial definir correctamente a sua composição para estabelecer o diagrama da lavaria.
Enviei amostras representativas para a Direcção do SFM no Porto, solicitando a utilização dos recursos aí existentes, para caracterizar devidamente o minério de Aparis.

Grande foi a minha surpresa quando recebi ofício do Director, exigindo informações descabidas sobre o jazigo, pois essas informações além de já constarem dos vários relatórios que periodicamente eu enviava, me pareciam desnecessárias. Apesar de ter voltado a fornecer os dados requeridos, o estudo não foi feito.

Compreendi, então, que o Professor Cotelo Neiva, não estando interessado em fazer artigo sobre o Jazigo de cobre de Aparis, idêntico ao que fizera sobre os jazigos de Cercal – Odemira, recusara, pura e simplesmente fazer tal estudo.
Não era a ele, Professor catedrático, que competiria prestar colaboração aos estudos de um simples Engenheiro; era a mim, na qualidade de trabalhador no terreno, que competiria fornecer dados para que o Professor os pudesse utilizar em artigo para publicação.

Seria, mais tarde, o Professor Morais Cerveira, da Faculdade de Engenharia do Porto, a usar idênticas amostras, para elaborar o diagrama da lavaria que viria a ser construída, segundo as suas indicações, as quais o Agente Técnico de Engenharia Oliveira Barros aperfeiçoou consideravelmente.

A ânsia de publicar, para alimentar vaidade, no caso de Cotelo Neiva, ou para fazer currículo, de qualquer maneira, em muitos outros casos, fez escola.
Teve muitos seguidores, que foram enchendo Revistas com artigos de reduzido ou nulo interesse, muitas vezes copiando e deturpando o que outros tinham feito e não tinham publicado, por estarem ocupados a produzir o verdadeiro trabalho.

Como já referi, Cotelo Neiva não prestou a colaboração que seria de esperar, no sentido de aumentar reservas de minérios, que contribuíssem para melhorar a economia nacional.
Não deu orientações para dar a sequência apropriada à fase inicial de prospecção.
Como duvidava da eficácia das técnicas geofísicas e, aparentemente, também desconhecia a potencialidade da mineralometria, não deu conselhos no sentido de serem seguidas, com racionalidade as diferentes fases da prospecção, consagradamente estabelecidas.

Na zona Norte do País, onde a sua colaboração se fazia sentir, apenas sondagens para investigação de bacias carboníferas e trabalhos mineiros clássicos constituíram os meios adoptados para a definição de reservas minerais.

As reservas que realmente foram definidas, na zona Norte do País por trabalhos mineiros clássicos foram insignificantes, conforme revelam os relatórios da actividade do SFM, que foram publicados até 1963 na Revista do SFM.

A partir de 1963, a Revista deixou de publicar o relatório da actividade do SFM.
Tenho, no entanto, conhecimento de que, após essa data, os trabalhos mineiros no Norte declinaram progressivamente, o mesmo vindo até a acontecer no Sul, pouco após o meu afastamento da chefia da Brigada do Sul.
A esta fase de Trabalhos Mineiros irei referir-me no próximo post.

Continua …

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